O ano 2018 foi bastante marcante para o Google. No ano do seu vigésimo aniversário, a empresa passou por altos e baixos ao longo do ano. Desde o lançamento de serviços inovadores, ao fim de outros serviços, vamos ver como foi o trajecto do Google em 2018.
Como foi o percurso do Google em 2018?
Google fez 20 anos
No dia 27 de Setembro, o Google completou 20 anos. Para comemorar a data, os usuários puderam fazer uma tour virtual pela primeira sede da empresa, através do Street View, do Google Maps.
Em 1996, os então estudantes da Universidade de Stanford, Larry Page e Sergey Brin, criaram um projecto com a capacidade de indexar páginas da Web. Foi quando surgiu a base para o motor de buscar Google.
O domínio Google.com foi registado a 15 de Setembro de 1997 e a empresa Google Inc. foi fundada a 4 de Setembro de 1998. No entanto, o aniversário do Google é comemorado no dia 27, pois foi quando surgiu o motor de busca.
Assim, o Google tornou-se uma das maiores empresas do mundo, com um valor de mercado estimado em 1 trilião de dólares.
Novos produtos e serviços
O Google lançou novos produtos e melhorou serviços mais antigos. A plataforma de emails Gmail ganhou um novo design e agora tem mais recursos do que anteriormente. Entre eles, está o modo confidencial, que impede que certas mensagens sejam reencaminhadas para pessoas não autorizadas.
Para os amantes da música, foram lançados o YouTube Music e o YouTube Premium. Este serviço de streaming oferece um grande acervo de músicas, sim singles e álbuns oficiais, assim como videoclipes, remixes, covers e concertos ao vivo. Assim, os usuários poderão encontrar até as versões mais raras das suas músicas dos seus artistas favoritos. Já o YouTube Premium permite desfrutar do serviço sem anúncios, em segundo plano e offline, pagando uma mensalidade.
O Google em 2018 lançou também o Google Duplex, um serviço que usa a Inteligência Artificial para realizar diversas funções, como chamadas telefónicas, reservar uma mesa num restaurante ou até fazer uma marcação no cabeleireiro. No entanto, o Duplex continua em fase de testes.
Fim do Google+
A rede social Google+ viu o seu fim anunciado, em Setembro. A empresa emitiu um comunicado a informar o serviço deixará de existir em Abril de 2019. Isto deu-se devido a uma fuga de dados que impactou 52,5 milhões de contas. Este erro permitiu que outras aplicações tivessem acesso aos dados restritos dos usuários, como nome, email, idade e profissão, inclusive dos perfis privados.
Multa aplicada pela União Europeia
A União Europeia aplicou uma multa milionária ao Google em 2018, mediante legislação própria para empresas de tecnologia. A comissão multou a Google em €4,3 mil milhões de euros, acusando a empresa de se aproveitar da liderança de mercado por causa do Android para forçar a distribuição da sua aplicação de busca e do Chrome dos smartphones de diversos fabricantes. Assim, a Google impediu a justa concorrência.
Erro de um estagiário
Em Dezembro, um estagiário publicou uma oferta de compra de anúncios com um valor 10 vezes maior do que o padrão da empresa. Durante 45 minutos, os usuários dos Estados Unidos e da Austrália puderam visualizar um bloco amarelo no lugar dos banners de publicidades normais. Por isso, o Google precisou de pagar a todos os sites que exibiram esse anúncio. O prejuízo foi de cerca de 10 milhões de dólares. A empresa garantiu que já tomou procedimentos para impedir problemas semelhantes no futuro.
A (não) entrada na China
Os serviços do Google estão bloqueados na China desde 2010, por decisão do governo. Em 2018, ponderou-se a volta da Google através do lançamento de um motor de busca próprio chamado Dragonfly. A ferramenta já estava a ser testada pela empresa. Porém, o presidente executivo do Google Sundair Pichai confirmou que tal retorno não poderia acontecer. Acrescentou ainda que a ideia nem sequer tinha sido discutida com o governo chinês.
Entrar na China seria um entrave para o Google. Em primeiro lugar, por precisar de autorização do governo. Em segundo lugar, porque teria de se submeter à rígida legislação do país, que prevê a censura de certos tipos de conteúdos.