Simples brincadeiras num pequeno grupo do Whatsapp, ou numa página da Internet, rapidamente se transformam em boatos ou notícias falsas. Segundo um estudo publicado na Nature Human Behavior, os boatos proliferam-se com bastante rapidez, dada a combinação entre as redes sociais e a limitada atenção que as pessoas dão aos tópicos.

Pode parecer lógico que a informação de qualidade tenha um papel mais importante, mas as notícias falsas correm com igual ou mais rapidez. Por outras palavras, o grande volume de informações que circula na Internet, juntamente com o pouco tempo de atenção dedicado a absorver essa enorme quantidade, leva à proliferação de boatos e notícias falsas no mundo online.

Outro estudo, realizado por pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology), aponta que os boatos e as notícias falsas têm 70% mais probabilidade de serem partilhadas do que as verdadeiras. Além disso, os boatos espalham-se seis vezes mais na Internet do que as notícias verdadeiras.

 

Até mesmo no Messenger do Facebook ou no Whatsapp, podemos receber mensagens que não passam de boatos.

 

Mas como podemos evitar a sua disseminação?

 

Ver se a mensagem foi encaminhada

As mensagens encaminhadas ajudam a perceber se foram escritas por um amigo ou parente ou se veio de outra pessoa que provavelmente nem conhecemos. Devemos verificar os factos quando não temos a certeza de quem escreveu a mensagem original.

 

Verificar fotografias e outros conteúdos multimédia

É muito fácil editar fotos, vídeos e áudios só para espalhar boatos. O ideal é pesquisar se esse conteúdo também está a ser partilhado em plataformas confiáveis.

 

Ter atenção a mensagens suspeitas

Muitas mensagens ou links com boatos têm erros gramaticais ou ortográficos ou o texto não faz muito sentido nem está coeso. Além disso, se a mensagem estiver a forçar a clicar no link, há que suspeitar.

 

Ter cuidado com preconceitos e influências

Devemos ser cuidadosos com informações que confirmem as nossas crenças pré-existentes ou preconceitos; temos de verificar os factos antes de compartilharmos a informação que recebemos. Normalmente, são histórias difíceis de acreditar e essas, normalmente, são falsas.

 

Notícias muito partilhadas

Quando uma mensagem é partilhada muitas vezes, não significa que seja verdadeira; pelo contrário. Temos de ter atenção e mesmo que o remetente nos peça para encaminhar, não o devemos fazer, se acharmos suspeito.

 

Verificar outras fontes

Quando não temos a certeza acerca da veracidade de uma mensagem, podemos fazer uma pesquisa online e verificar em sites de notícias confiáveis se a história existe ou não.

 

Ajudar a parar a disseminação

Quando vemos algo falso, devemos falar com a pessoa que nos enviou a mensagem e verificar com ela as informações antes de as partilhar. Se algum contacto ou grupo, por exemplo no Whatsapp, partilhar várias notícias falsas, podemos denunciá-los.

 

Ajudar quem está em perigo

Se soubermos que alguém está em perigo, emocional ou físico, por causa da disseminação de boatos, temos de contactar as autoridades locais, para oferecerem assistências nestes casos.