As inovações tecnológicas têm proporcionado mudanças no mercado de trabalho, pois surgiram novas demandas e novas carreiras. As necessidades dos clientes são cada vez mais específicas e, para atendê-las, foi indispensável uma adaptação das funções e da rotina de trabalho dos profissionais da área de tecnologia.
Quando os primeiros assistentes virtuais apareceram, receava-se o perigo para os profissionais de atendimento. Hoje, já é possível entender que os seus efeitos não são assim tão negativos. Embora os assistentes virtuais tenham chegado às grandes empresas com o intuito de reduzir a quantidade de atendentes humanos, surge a busca por novos perfis até então não existentes.
Para que, por um lado, um assistente virtual esteja preparado para oferecer sua melhor performance ao usuário, por outro lado, é preciso contar com uma equipa capacitada, que realiza atividades distintas que se complementam. Compostas por desenvolvedores e técnicos, os squads que lideram o projeto de um assistente virtual contam com dois perfis relativamente novos no mercado. São eles o UX e o linguista.
O UX é o profissional responsável pelo design e usabilidade da solução. Já o linguista tem um papel direcionado ao fluxo e ao conteúdo da inteligência artificial. O profissional de linguagem pode ser denominado como a “voz e o tom” do assistente virtual, independentemente do canal e da plataforma utilizada. Juntos, esses dois perfis trabalham para um objetivo em comum: criar a melhor experiência possível, trazendo mais naturalidade e humanização para os robôs.
Actua na elaboração dos textos de acordo com a personalidade desenhada para o assistente, na construção de fluxos e jornadas, na criação de diálogos, na identificação de erros ou falhas do projeto, na elaboração de propostas de melhoria e no treinamento do motor cognitivo.
Para agregar valor e criar um diferencial, este novo perfil profissional deve estar à frente das expectativas do cliente. É preciso ter sensibilidade e experiência suficientes para prever tanto as dificuldades que podem ser encontradas no uso da ferramenta, como também as dúvidas em relação ao produto ou serviço apresentados. O linguista pode ser definido como o “cérebro” e o “coração” dos assistentes virtuais, o equilíbrio entre a razão e a emoção, oferecendo respostas mais assertivas para qualquer interacção.